Missa reúne familiares de noivo morto ao sair de casamento, no AM

Cerimônia aconteceu em igreja na Zona Oeste de Manaus.
Sargento da Marinha morreu ao cair sobre copo que estava no bolso dele.

Familiares e amigos do sargento da Marinha Fábio dos Santos Maciel participaram no domingo (25) da missa de Sétimo Dia da morte. A cerimônia aconteceu na Igreja Nossa Senhora do Sameiro, na Estrada da Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. O militar morreu no dia 19 de novembro após se ferir com a quebra de um copo que estava no bolso dele no momento em que saia da festa do próprio casamento, no Rio de Janeiro.
A frase "Descobri o que é o Amor..." estampou camisetas com o rosto do sargento vestidas pelos participantes da missa. "Essa frase representa um trecho de uma carta que ele mandou para mãe dele quando informou que estava muito feliz por ter descoberto a pessoa que ele amava", afirmou a tia de Fábio, Áurea Melo. Fábio e a esposa, Geice Guimarães, namoravam havia sete anos e construíram juntos uma casa na Ilha, que ficou pronta há menos de um mês.
"O Fábio era uma pessoa muito extrovertida: vivia brincando e gostava de fazer amizade com todo mundo", lembrou o cunhado Antônio Carlos Salazar.
Fábio Maciel foi enterrado no cemitério Parque Tarumã, localizado na Zona Oeste de Manaus, na última quinta, dia 22 de novembro. A cerimônia de enterro teve a presença de familiares, amigos e de militares da Marinha do Brasil, que fizeram homenagem ao sargento. Ao todo, 13 guardas fúnebres dispararam salva de tiros ao alto para lembrar a dedicação de Maciel às Forças Armadas. Ainda nas homenagens, a viúva dele, Geice, recebeu das mãos do Comandante do Batalhão de Operações Ribeirinhas da Marinha, Paulo Sérgio Tinoco, a Bandeira do Brasil.
Investigações continuam

Noivo morreu durante festa de casamento ao cair
sobre tulipa de vidro (Foto: Facebook/Reprodução)

Na última quarta-feira (21), o Conselho de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que vai abrir sindicância para apurar as causas da morte do sargento da Marinha. O objetivo é verificar se houve o acompanhamento de um médico ou enfermeiro durante a transferência de Fábio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) para o Hospital Paulino Werneck, ambos na Ilha do Governador.
Familiares da vítima afirmam que a falta de equipamentos necessários na UPA para realizar o socorro atrapalhou no atendimento ao noivo. "Os médicos estavam descansando e não fizeram nada. Foi preciso que um outro colega deles chegasse e fizesse um alvoroço lá dentro", afirmou Antônio Marcos Salazar, cunhado de Fábio.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o noivo chegou morto ao Hospital Paulino Werneck.
O Conselho informou ainda que o Hospital municipal Paulino Werneck, para onde o sargento foi encaminhado, não tem condições para atender vítimas graves. O órgão quer ter acesso ao laudo do IML e disse que vai investigar o hospital e também a UPA.